Estou de férias em Recife e fui visitar, hoje, a Casa de Cultura no Bairro de Santo Antônio. A proposta é interessante: uma feira de artesanato no prédio de uma antiga cadeia da cidade. Mas me decepcionei. As lojinhas eram todas muito parecidas só tinham artesanato-souvinier. Boné e camiseta de Recife, chaveiro, imã de geladeira. Onde se escondeu a arte autêntica da região? A diversidade e riqueza da cultura permambuquense sucumbiu aos artigos de R$ 1 ou 3 por R$ 10. É o típico consumismo de turista que lota de tranqueira a mala e depois distribuiu as lembrancinha entre a família. “Estive em Recife e lembrei de você”. Como podia ter estado em Manaus, Bonito ou Gramado.
Cadê os folhetos de cordel, os mamulengos, as rendas, as cerâmicas, os chapéus e sandálias de couro? O artesanato tem que carregar os traços culturais únicos e marcantes de seu local de origem. Só assim ele faz sentido. Quando preserva as características exclusivas daquele povo, o fazer transmitido de mãe para filho, e se utiliza das matérias-primas e das mãos de sua terra.
Tags: Artesanato, Casa de Cultura, Recife
junho 30, 2009 às 1:20 pm |
A casa da cultura realmente não condiz com a proposta do nome. Mas a dica pra quem quer conhecer realmente a “cultura” daqui de Recife é visitar o mercado de São José. Ali sim, é encontrado o artesanato de verdade.
junho 30, 2009 às 6:44 pm |
Rhaul, valeu pela dica. Espero conhecer o Mercado São José em breve.